Na Escola de Teresa

Teresa de Jesus, nasce em Ávila, na Espanha, em 1515, com o nome de Teresa de Ahumada, uma das santas mulheres mais populares na História da Igreja. Bento XVI durante a catequese de 11 de fevereiro de 2011 apresentou Teresa como um dos vértices da espiritualidade cristã de todos os tempos. Atualmente a família carmelitana se prepara para celebrar em 2015 o V centenário do seu nascimento.

Mulher e mística, Teresa convidou aos seus contemporâneos a contemplar o mundo com os olhos de Deus, ultrapassou os limites da mentalidade de então, abriu espaços criativos para a mulher na Igreja e na sociedade. Cinco séculos depois Teresa continua a desafiar-nos a um esforço de inteligência, de lucidez e de vontade.

Mas... quem é Teresa? Como podemos ler e reler Teresa inserida na Espanha do seu tempo? Como uma mulher pôde impor-se em um mundo masculino que se mostrava temeroso diante dos ideais e das práticas que se distanciavam da norma comum? Quais as lições que podemos aprender desta experiência que irradiou na Espanha quinhentesca e foi uma decisiva contribuição a renovação da vida religiosa na Espanha de Felipe II?

O êxito de Teresa se deve a sua personalidade que se recusa  a fechar-se no marco mental de uma sociedade dinâmica e inquieta. Teresa tinha um elevado conceito de si mesma, rejeitava a mediocridade e acreditava que era chamada a grandes empresas, segundo ela, uma ambição que não é incompatível com a virtude da humildade.

Teresa não era rica, mas era bonita. E sabia disso. Podia ter se casado, se ocupado do seu lar e filhos, mas não se resignou ao destino comum as mulheres da sua época e preferiu ingressar em um monastério. Foi uma eleição dolorosa, por pouco lhe custou a vida e arruinou definitivamente  a sua saúde. 

No Carmelo da Encarnação encontrou uma vida religiosa sem vitalidade, não obstante as monjas assistam aos ofícios e as horas canônicas religiosamente. Teresa se rebelou contra a mediocridade desta existência. Entregou-se a Deus e se propôs assumir essa decisão com rigor. Como «descalça» obtém a permissão das autoridades para reformar o Carmelo e anima outras religiosas para que a sigam.

Teresa de Ávila podia ter se contentado com isso e viver longe do mundo uma experiência espiritual de uma qualidade excepcional, mas a sua mística é mais exigente que o quietismo da senhora Guyon e as iluminações dos alumbrados de sua época. Teresa se revelará uma mulher de ação e deseja que a espiritualidade carmelitana tenham raízes profundas e irradie entre os seus contemporâneos.

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